28 de setembro de 2010

NÓS JOVENS LUTAMOS POR QUE CAUSA? QUAIS SÃO NOSSOS GRANDES IDEAIS? E NOSSAS PRIORIDADES?


Ao falarmos de “grandes ideais”, estamos indo além daqueles ideais referentes a mim, a minha família, ao meu vizinho, a aquisição de algum bem e por aí em diante. Os “grandes ideais”, numa reflexão mais humanitária, é o sonho dos idealistas em fazer um mundo melhor para as pessoas, independente se eu as conheço, se os beneficiados serão de minha época, se eles me agradecerão, se são de minha raça, cor, língua, nação ou não. Estes ideais que moveram pessoas em toda a história, sempre estiveram ligados à liberdade, felicidade, vida digna, fraternidade, paz, em outras palavras, à Caridade, como bem nos explicou o missionário Paulo de Tarso (cf. I Cor 13, 1-13).

ANTES...

Na época da ditadura militar (década de 1960 até final de 1970) os jovens eram interessados na política e na sociedade a fim de melhorar suas vidas e garantir um futuro promissor e digno a todos. Muitos jovens morreram torturados, fuzilados, lutando contra um regime político que vinha contra seus princípios.

ATUALMENTE...

Muitas pessoas questionam afirmando que nós não enxergamos um palmo a frente do nariz, dizem que os jovens de hoje estão se destruindo com drogas, brigas e muito mais, não se tem mais respeito mútuo e nem pudor, o que na realidade não é verdade, ou pelo menos é o que eu espero.

Quando crianças sim, somos pequenos “piões” girando em torno de nós mesmos, fazendo tudo em vista de satisfazer nossas necessidades. Sendo sim, egocêntricos, mas por natureza.

Ao chegarmos à adolescência, nós nos descobrimos num contexto de um mundo maior de relacionamentos, de afinidades e, por aí, começamos a abrir-nos aos outros. Neste período, embora em alguns casos possa não aparecer, nós já externamos sentimentos de empatia: consolar a amiga que foi repreendida; uma palavra de coragem ao amigo que é excluído do grupo; ajudar a professora a fechar a sala, entre outras.

DA EMPATIA AOS GRANDES IDEAIS

A verdadeira felicidade está em ser útil ao próximo, ao grupo, no fazer o bem a alguém, embora isso não seja compartilhado por todos.

O jovem já experimenta esta alegria quando sente o que o outro está sentindo e o ajuda. Contudo, trata-se de um sentimento que vai crescendo aos poucos e varia de pessoa para pessoa. Tudo depende da educação, pois através desta pode-se despertar e incentivar este sentimento, como exemplos é bom que nos convençamos se determinada atitude é boa ou não. Se falo e não faço é porque não vale a pena.

Devemos ter em conta também que nós e nossa galera, nesta etapa da vida, sofremos muitas mudanças físicas e psicológicas, que se forem experiências ruins, poderão nos fechar e fazer-nos viver um processo amargo de solidão.

Pelo contrário, um jovem que vive a empatia na família, na escola e em seu grupo, sem dúvida é um forte candidato a buscar e viver os “grandes ideais”. Experimentará a alegria de participar, de ser protagonista e de contribuir assim para um mundo melhor para todos.

UTOPIA

Neste contexto de esperança, de um mundo melhor..., podemos esbarrar com discursos que nos levam a refletir: “Um mundo melhor é possível?”. Às vezes isso parece até impossível mesmo. Contudo, mesmo se chegássemos a pensar desta forma, haveria sempre razões para sermos educados e educar para a solidariedade.

Nós precisamos, mais do que nunca, termos a convicção de que um mundo mais justo é possível. Precisamos ter convicção de que só haverá igualdade e paz se cada um assumir sua missão neste processo.

Se for utopia sonhar com crianças bem alimentadas ao lado dos seus pais, jovens divertindo-se com saúde, famílias vivendo com dignidade, nações em paz..., então Teresa de Calcutá, Betinho, Gandhi, Martin Luther King, os catequistas, os educadores, os voluntários... Teriam lutado e lutariam em vão!

CONCLUINDO

Gostaria de enfatizar algo que, a meu ver, é de grande importância: se quisermos ter filhos e cidadãos generosos, precisamos primeiro ser generosos com eles e com o mundo. O nosso testemunho os sustentará quando encontrarem outros afirmando que tudo isso não adianta, ou que “uma andorinha só não faz verão”. Contando com nosso apoio, eles poderão responder, na prática, que até “pode não fazer verão”, mas que fará a diferença para aqueles e aquelas que estão sendo ajudados.

Referencias: http://www.pime.org.br/missaojovem

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080815074303AAQ5mff

http://pt.shvoong.com/social-sciences/1820811-juventude-ontem-hoje-amanh%C3%A3