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2 de junho de 2010

[FORMAÇÃO] Corpus Christi


A Festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente a Igreja comemora a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Propriamente é a Quinta-feira Santa o dia da instituição, mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador não permite uma celebração festiva. Por isso, é na Festa de Corpus Christi que os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.

Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para a bençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado.

Começaram assim as grandes procissões eucarísticas e também o culto a Jesus Sacramentado foi incrementado no mundo todo através das adorações solenes, das visitas mais assíduas às Igrejas e da multiplicação das bênçãos com o Santíssimo no ostensório por entre cânticos cada vez mais admiráveis.

Trechos extraídos de: http://wiki.cancaonova.com/index.php/Corpus_Christi

Vamos também nós, preparar nosso coração e nossa cidade para a passagem de Jesus Sacramentado. Nos reuniremos 02/06 na Rua Dr. Meira e Sá para a confecção do tapete de Corpus Christi!




12 de março de 2010

[FORMAÇÃO] Pecado Mortal

Em tempo de quaresma, tempo de conversão, quem tiver tempo assista a esta pregação do Pe. Fábio de Melo sobre os pecados mortais: pecados que matam o corpo e a alma.

Muitos pecados do dia a dia podem ser considerados mortais, com o fumo, o alcoolismo, a calúnia. Todos estes pecados tem poder para aos poucos trazer morte. Atualmente, muitos pecados mortais estão tão socializáveis que são tratados como comum e muitas vezes é esquecido de que são pecados!

Padre Fábio ressalta que a pior consequência para uma pessoa que insiste em uma vida de pecados é ela mesma se transformar em um pecado, quando o pecado passa a ser a motivação para a pessoa continuar a viver!



Fonte: http://direcaoespiritual.blogspot.com/2010/02/pecado-mortal.html

7 de março de 2010

[FORMAÇÃO] Beatificação e Canonização


A beatificação é primeiro passo em direção à canonização definitiva. Com a beatificação declara-se a santidade de vida do beato e é permitido o culto público em sua honra no âmbito limitado de uma diocese ou de uma instituição eclesiástica (uma congregação religiosa, por exemplo).

Os beatos podem ser figurados em imagens de culto, mas essas imagens não têm auréola na cabeça do beato. Dedicar igrejas a beatos também não é uma prática autorizada pela Igreja.

Os processos de beatificação de fiéis muito antigos eram complexos, não havendo exigência de milagre comprovado, dada a antiguidade do culto. De certo modo, ser beato é quase ser Santo, faltando-lhe apenas a sentença de santidade.

Quando o Papa declara alguém Beato isso é considerado um ensinamento oficial da Igreja a respeito dessa pessoa. Isto quer dizer que ela viveu as virtudes cristãs de forma heróica, ou então, se é o caso de um mártir, que ela recebeu um martírio verdadeiro (chama-se declaração de magistério ordinário).

A canonização é o ato solene de estrita competência do Papa, onde é pronunciada uma sentença definitiva que insere no catálogo (canon) dos seus santos determinada pessoa que já gozava do culto próprio dos beatos. Não pode haver canonização sem prévia beatificação, sendo exigidas duas condições: um processo (positivo) em que se confirmem as provas de santidade e virtudes heróicas, e a prova de milagre(s) após a beatificação.

Quando alguém é declarado santo, esta é uma declaração infalível, que só o Papa ou os bispos unidos em Concílio podem fazer (essa declaração é chamada declaração de magistério infalível, ou seja, é um dogma, uma verdade irrevogável e definitiva).

Enquanto o culto derivado da beatificação é limitado, o culto derivado da canonização é determinado para toda a Igreja Universal.

Tanto o processo de beatificação como o da canonização têm de ser submetidos ao exame da Sagrada Congregação para a Causa dos Santos, que, mediante os pareceres dos teólogos propõe (ou não) a canonização ao Papa.

Vale ressaltar, entretanto, que os santos não se santificaram com um determinado ato heroico isolado, mas antes pela fidelidade com que procuraram cumprir no dia a dia a vontade de Deus através dos pequenos deveres cotidianos .

A santidade consiste, não tanto em fazer coisas extraordinárias, mas no fazer de maneira extraordinária as coisas ordinárias da vida de cada dia.

Trechos de texto adaptados de:
http://www.paroquia-sac.web.pt/noticias_011.html
http://www.santosdobrasil.org/?system=news&action=read&id=237&eid=256

http://blog.cancaonova.com/redacao/2009/06/17/conheca-a-diferenca-entre-a-beatificacao-e-canonizacao/


27 de fevereiro de 2010

Disponível Material do Encontro do dia 20/02/2010 (VIA SACRA)

Os vídeos apresentados no nosso encontro do dia 20/02 sobre a Via Sacra estão agora disponíveis no nosso blog (segue abaixo) e podem ser acessados através do canal no YouTube do Grupo Ágape:
http://www.youtube.com/user/grupoagapecm


1a, 2a e 3a estações




11a, 12a e 13a estações




Download:
FLVMP43GP
Download:
FLVMP43GP

26 de fevereiro de 2010

Via Sacra

"A Via Sacra é uma oração que tem como objetivo meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo. É o reviver dos últimos momentos da sua vida na Terra. São 15 estações, que nos ajudam a percorrer um caminho espiritual e a compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por nós ao ponto de se deixar matar, sofrendo muito, para que todos nós aprendêssemos o que é verdadeiramente amar." (fonte: http://victorix.no.sapo.pt/via_sacra/via_sacra_1.htm)

(Fonte: http://www.ictcondriam.com/viacrucis.jpg)

Na reunião do último sábado tivemos uma rápida experiência de Via Sacra, ao mesmo tempo em que aprendemos um pouco mais sobre esta oração que é uma das maneiras de vivenciarmos o período da Quaresma.

Esta sexta-feira é dia de iniciarmos a partilha desta experiência com a nossa comunidade, expandindo nossas ações pastorais para além do momento do encontro quinzenal.

Às 19h nos reuniremos no início da Rua Oscar Brandão - Bairro Santa Águeda (descendo um pouco após o cruzamento com a Rua São João/Euclides Cavalcanti) a partir de onde seremos recebidos por 14 famílias residentes na região que disponibilizaram suas casas para representarem cada uma das estações percorridas na Via Sacra.
"'De tal modo Deus amou o mundo que lhe entregou seu Filho Unigênito' [Jo 3,16] Ele não merecia, mas nós fomos impiedosos e o condenamos à morte mais ignominiosa… Caiu para que levantássemos. Chorou para que sorríssemos. Morreu para que vivêssemos. Nesta sexta-feira – dia em que a Igreja nos pede para meditar sobre a Paixão do Senhor – voltemos o olhar para o Cristo Sofredor." (Fonte: http://exsurge.wordpress.com/2010/02/26/via-sacra/)

23 de fevereiro de 2010

[CF 2010] Economia e Vida

No último sábado, dia 20/02, foi lançada a Campanha da Fraternidade de 2010. O tema deste ano é “Economia e Vida”, com o lema : “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” Mt 6,24c

A Campanha de 2010 é ecumênica e tem a parceria do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (Conic). É preciso construir uma sociedade voltada à promoção de uma economia que sirva à vida, que seja capaz de abrandar a lacuna da desigualdade entre as gentes e que dissemine uma cultura de paz e solidariedade entre as pessoas. Todas as igrejas cristãs unidas no compromisso da fé que transforma, que solidifica, que acolhe os excluídos e combate a pobreza.

Vamos intensificar nossos pensamentos neste período que antecede a Páscoa na promoção do bem comum.


Oração da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010:

Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida. Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da conivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho. Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas. Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida. Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a comunhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Por: Gabriel Chalita
Fonte: http://blog.cancaonova.com/gabrielchalita/2010/02/22/campanha-da-fraternidade-2010-%E2
%80%9Ceconomia-de-comunhao%E2%80%9D/


17 de fevereiro de 2010

[FORMAÇÃO] Abstinência de Carne


(...)

Desde os tempos pré-históricos houve uma predileção especial do ser humano para a chamada carne vermelha. Este um fato tão antigo quanto a humanidade. Estudos feitos por cientistas das arcadas dentárias do homem das cavernas confirmam esta tese. Desenhos rupestres mostram o homem caçador em busca deste alimento, sempre considerado como fortalecedor do organismo. Há de se acrescentar o gosto especial que retém esta comida de alto valor calórico. Mesmo tendo aprimorado aos poucos a agricultura não foi abolida a carne no cardápio de todos os tempos.

Até em nossos dias, apesar dos nutricionistas insistirem no valor nutritivo do peixe, este hábito permanece constante. Os restaurantes ampliam seu menu oferecendo apetitosos churrascos, deliciosos bifes, ou seja, fatias, em geral arredondada, de carne bovina, cortadas, por via de regra, do filé, da alcatra, que é frita ou grelhada, e servida individualmente, com o molho da própria carne ou com outro. Relacionam-se nos cardápios chatobriã, medalhão, turnedô, escalope e rosbife.

(...)

Isto sem falar no bolinhos de carne ou também de outros pratos feitos com carne passada na máquina, temperada com cebola, salsa, mostarda. Tudo isto sem falar nos outros inúmeros pratos feitos com carne de outros animais.

Privar-se destes saborosos alimentos com espírito de penitência é sumamente agradável a Deus, purificando o homem de seus pecados inclusive da gula.

No início do cristianismo os dias de jejum e abstinência de carne eram a quarta e a sexta-feira. Estão mencionados na Didaqué, catecismo dos primeiros cristãos do século II (8,1). Eram denominados com imagem militar: dias de vigília, ou seja, vigília com o Senhor que sofreu. O sínodo de Elvira na Espanha pelo ano de 306 menciona, além disso, um jejum do sábado e, sem dúvida, já neste período tal dia de jejum e abstinência tornou-se uso também na Igreja romana.

Com o passar dos tempos tal prática foi se abrandando. Hoje, toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico.

Os fiéis nesse dia se abstêm de carne ou outro alimento, ou praticam alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade. Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo há o jejum e a abstinência de carne obrigatórias. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia. Tal é a Legislação complementar da CNBB quanto aos cânones 1251 e 1253. Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade e à lei do jejum todos os maiores de idade, ou seja, quem completou 18 anos até os sessenta anos começados. A Igreja, porém, insiste que se forme o genuíno sentido da penitência e não se caia num formalismo deletério.

Professor no Seminário de Mariana - MG
Fonte: http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=IGREJA&id=igr0049


14 de fevereiro de 2010

[FORMAÇÃO] Quarta-Feira de Cinzas


Você sabe de onde vêm as cinzas que recebemos na Quarta-Feira de Cinzas? Você acha que é papel queimado? graveto queimado? carvão triturado? Se você não sabe, as cinza vêm dos ramos bentos do Domingo de Ramos do ano anterior.

Quando recebemos os ramos no Domingo de Ramos (...) não devemos jogá-los fora, pois foram bentos pelo sacerdote. Por isso, devemos entregá-los na igreja para que sejam queimados e transformados em cinzas, a fim de serem usadas no dia de Quarta-Feira de Cinzas do ano seguinte.

No dia de Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis são marcados na testa com as cinzas em forma de cruz ou a recebem um pouco sobre as suas cabeças, quando o secerdote pronuncia a seguinte frase, à sua escolha: - "Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás!" ou "Convertei-vos e crede no Evangelho!". A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus. (...) [1]

A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal. Leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma.

É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus. [2]
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Fontes:
[1]http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=8312

[2]http://www.cantodapaz.com.br/blog/2008/02/03/quarta-feira-cinzas/


24 de janeiro de 2010

[O QUE A IGREJA DIZ SOBRE] Promessas

Depois de muito tempo, de volta com uma das colunas do nosso Blog! Confiram este interessante texto do Prof. Felipe Aquino sobre Promessas.

É BOM FAZER PROMESSAS?
As promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer




As pessoas perguntam: O que a Igreja diz sobre as promessas? A Igreja as aprova quando realizadas adequadamente. Os santos faziam promessas. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que: “Em várias circunstâncias o cristão é convidado a fazer promessas a Deus... Por devoção pessoal o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação, etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel” (CIC § 2101).

Há passagens bíblicas que contêm promessas. Jacó faz uma promessa a Deus: “Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes” (Gn 28,20-22).

(...)

Alguns salmos exprimem os votos ou as promessas dos orantes de Israel (Sl 65, 66, 116; Jn 2,3-9).

(...)

No entanto, havia a séria recomendação para que se cumprisse o voto ou a promessa feita. “Mais vale não fazer voto, que prometer e não ser fiel à promessa” (Ecl 5,4). São Paulo quis submeter-se às obrigações do voto do nazireato: “Paulo permaneceu ali (em Corinto) ainda algum tempo. Depois se despediu dos irmãos e navegou para a Síria e com ele Priscila e Áquila. Antes, porém, cortara o cabelo em Cêncris, porque terminara um voto” (At 18,18).

(...)

É certo que as promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois sabe o que é melhor para nós, mas estas podem obter do Senhor, muitas vezes através da intercessão dos santos, graças de que necessitamos. Jesus mandou pedir e com insistência.

As promessas nada têm de mágico ou de mecânico, nem podem ser um “comércio” com Deus; pois não se destinam a “dobrar a vontade do Senhor. Às vezes os fiéis prometem até coisas que não conseguem cumprir por falta de condições físicas, psíquicas ou financeiras, e ficam com medo de um castigo de Deus Pai. Pior ainda quando alguém faz uma promessa para que outro a cumpra, sem o seu consentimento. Os pais não devem fazer promessas para os filhos cumprirem.

Ao determinar que nos daria as graças necessárias nesta vida, o Todo-poderoso quis incluir no Seu desígnio a nossa colaboração mediante a oração, o sacrifício, a caridade, etc. Deus quer dar levando em conta as orações que Lhe fazemos. Sob esta ótica, as promessas têm valor para Deus e para nós orantes, pois alimentam em nós o fervor; estimulam nossa devoção; exercitam em nosso coração o amor a Deus; e isso é valioso. Uma promessa bem feita pode nos abrir mais à misericórdia do Senhor.

Quando não se puder cumprir uma promessa feita a Deus, procure um sacerdote e peça-lhe que troque a matéria da promessa. Essa solução está de acordo com os textos bíblicos que preveem a possibilidade da mudança dos votos (ou promessas) por parte dos sacerdotes: “Se aquele que fizer um voto não puder pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este fixá-la-á; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com os meios de quem fizer voto” (Lv 27, 8; cf. Lv 27,13s.18.23).

Procure prometer práticas não somente razoáveis, mas também úteis à santificação do próprio sujeito ou ao bem do próximo.

(...)

Entre as melhores promessas estão as três clássicas que o próprio Jesus propôs: a oração, a esmola e o jejum (cf. Mt 6,1-18). A Santa Missa é o centro e o alimento por excelência da vida cristã. A esmola "encobre uma multidão dos pecados” (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam e libertam das paixões o ser humano. Jesus disse que certos males só podem ser eliminados pelo jejum e pela oração.

Se a prática das promessas levar o cristão ao exercício dessas boas obras, então é salutar. As promessas nada têm a ver com as “obrigações” dos cultos afro-brasileiros, mas são expressões do amor filial dos cristãos a Deus.


Leia o texto na íntegra em: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11691



27 de outubro de 2009

[FORMAÇÃO] Ecumenismo

No nosso último encontro (no dia 24/10) discutimos um texto bastante interessante sobre o crescimento da religião protestante no Brasil, o que acabou nos levando a abordar o tema do ecumenismo.

O texto abaixo traz alguns esclarecimentos importantes sobre o assunto e vale a pena ser lido.

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ECUMENISMO E INCULTURAÇÃO
Por: Prof. Felipe Aquino


O Concílio Vaticano II mostrou a importância do Ecumenismo e da Inculturação do Evangelho nas culturas do povo. Sobre isto o Papa João Paulo II falou claramente na Carta Encíclica Ut unum sint (Que todos sejam um-UUS).Infelizmente, porém, têm havido abusos e erros nestes dois assuntos importantes. No discurso que o Papa dirigiu aos Bispos do Brasil que estiveram com ele, em setembro de 1995, falou sobre isso:

“Em diversas ocasiões a Providência divina permitiu-me insistir naquela conclusão básica do Concílio Vaticano II, segundo a qual é decisão da Igreja assumir a tarefa ecumênica em prol da unidade dos cristãos e de a propor convicta e vigorosamente”(UR,1).

É preciso entender que o Ecumenismo é com as igrejas cristãs, aquelas abertas ao diálogo, como a Igreja Ortodoxa do oriente, a Anglicana da Inglaterra, e as tradicionais, históricas, derivadas do protestantismo; mas não com as seitas, às quais o Papa se referiu aos bispos como “uma ameaça para a Igreja Católica” na América. Ele disse aos nossos bispos, falando dos perigos de um falso ecumenismo ou de uma falsa inculturação:

“Já tive ocasião de comentar, mesmo recentemente, que , ‘não se trata de modificar o depósito da fé, de mudar o significado dos dogmas, de banir deles palavras essenciais, de adaptar a verdade aos gostos de uma época, de eliminar certos artigos do Credo com o falso pretexto de que hoje já não se compreendem. A unidade querida por Deus só se pode realizar na adesão comum ao conteúdo integral da fé revelada’ (UUS,18). Falando aos representantes do mundo da cultura em Salvador, Bahia, eu lembrava que ‘a inculturação do Evangelho não é uma adaptação mais ou menos oportuna aos valores da cultura ambiente, mas uma verdadeira encarnação nesta cultura para purificá-la e remi-la ‘(Discurso, 20.X.1991,4).”

"O mesmo vale no campo ecumênico. Com efeito, no campo da inculturação como no do ecumenismo, nota-se uma certa facilidade com que a busca do entendimento, do acolhimento ou da simpatia com outros grupos ou confissões religiosas têm levado a sérias mutilações na expressão clara do mistério da fé católica, na oração litúrgica, ou a concessões indevidas quanto às exigências objetivas da moral católica. Ecumenismo não é irenismo (cf.UR, 4 e10). Não se trata de buscar a unidade a qualquer preço". (g.m.)

“Este diálogo [ecumênico], que somente tem sentido se for uma busca sincera da verdade, poderá nos pedir que deixemos de lado elementos secundários que poderiam constituir um obstáculo de ordem psicológica para nossos irmãos de distintas denominações religiosas. Mas nunca será verdadeiro, autêntico, se implicar na mais mínima mutilação duma verdade da fé, no abandono da legítima expressão da piedade tradicional do povo cristão ou no enfraquecimento das exigências de séculos da disciplina eclesiástica ou das veneráveis tradições litúrgicas do Oriente, da Igreja Romana e outras igrejas do Ocidente”.

Se o Papa quis dirigir essas palavras marcantes aos nossos Bispos, certamente é porque aqui têm havido ensaios infelizes de inculturação e ecumenismo. É importante ressaltar certas coisas frisadas pelo Papa. Ele afirma que “não se trata de modificar o depósito da fé”, nem com a “mais mínima mutilação de uma verdade da fé”, e que a unidade que Deus quer só poderá se realizar “na adesão comum ao conteúdo integral da fé revelada”. Sem observar isso o ecumenismo é falso. Por outro lado, ele chama a atenção para o cuidado com a prática da inculturaçào do Evangelho, dizendo que “não é uma adaptação mais ou menos oportuna aos valores da cultura ambiente, mas uma verdadeira encarnação nesta cultura para purificá-la e remí-la”. Sabemos que neste campo têm havido abusos.

É importante observar que o Papa diz que, “no campo da inculturação como no do ecumenismo, nota-se uma certa facilidade com que a busca do entendimento…tem levado a sérias mutilações na expressão clara do mistério da fé católica, na oração litúrgica, ou a concessões indevidas quanto às exigências objetivas da moral católica”. E ele, diz que: “ecumenismo não é irenismo. Não se trata de buscar a unidade a qualquer preço”.

Em 1981, a Santa Sé, através da Sagrada Congregação dos Ritos, proibiu a chamada missa dos Quilombos e todas as formas de missas dedicadas às minorias; para que a Missa, Sacrifício de Cristo oferecido ao Pai, não sofresse qualquer manipulação ou conotação política. Há celebrações de “missa afro, missa do caboclo, etc”. Como disse D. Estevão Bettencourt, essas celebrações são mais “festejos folclóricos do nosso povo, associado a Carnaval e a cultos não cristãos” (Revista Pergunte e Responderemos, n.403/1995, p.32ss). No mesmo artigo D.Estevão afirma que “nos últimos tempos algumas paróquias do Brasil têm apresentado aos fiéis o espetáculo de Missa com instrumentos musicais, cantos, gestos e símbolos que lembram fortemente o folclore popular ou mesmo o Candomblé, a Umbanda, o Carnaval…que contrariam as instruções oficiais da Santa Sé”.

Para dar um exemplo disso, basta dizer que no 9° Encontro das Comunidades Eclesiais de Base em São Luiz do Maranhão, em julho de 1997, no encerramento do Encontro foi divulgada A Carta de S.Luiz, onde se lê que “lado a lado estavam, o arcebispo, o pastor evangélico, a mãe de santo e o pagé indígena - todos orando juntos…”

Fato mais triste ainda, foi a Parábola de autoria de Frei Carlos Mesters, publicada no Boletim de preparação do citado Encontro das Cebs. Nela, Jesus é apresentado um em terreiro de Candomblé, chamando a mãe de santo de “Mãe” (como se fosse Maria), colocando-se na fila para receber “passes”, dançando, invocando “orixás”, e outras coisas inacreditáveis, além de afirmar que “ali está o Reino de Deus”. Tudo isso nos parece uma grande profanação à Pessoa de Jesus.Em artigo na revista PR (n.423, agosto de 97), D. Estevão Bettencourt, classificou a Parábola de Carlos Mesters, como Blasfêmica.

Disponível em: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/06/26/ecumenismo-e-inculturacao/

22 de outubro de 2009

[FORMAÇÃO] Vamos descer do monte?

Oi pessoal!

Achei esse texto muito bacana e me fez lembrar do que trabalhamos no nosso retiro, em agosto!
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Vamos descer do monte?

Monte Tabor, local da Transfiguração

Pedro ainda não tinha compreendido isso ao desejar viver com Cristo sobre a montanha. Ele reservou-te isto, Pedro, para depois da morte. Mas agora Ele mesmo diz: Desce para sofrer na terra, para servir na terra, para ser desprezado, crucificado na terra. A Vida desce para fazer-se matar; o Pão desce para ter fome; o Caminho desce para cansar-se da caminhada; a Fonte desce para ter sede; e tu recusas Sofrer? (CIC§557)

Vendo o episódio da Transfiguração do Senhor, percebemos que mesmo com todo o esforço que o Senhor fez para os discípulos compreendessem o que acontecera ali, não foi muito eficaz. Pelo menos não naquele momento. Só bem depois, quando Jesus ressuscitou eles foram entender… Talvez você pense que os discípulos seriam tolos ao não perceber isso. Mas é bem assim. Se coloque no lugar deles. Traga a coisa para sua realidade. Quantas e quantas vezes em que nós estamos em momentos de céu nós não desejamos também “ficar” monte?

Você já viveu a experiência de participar de um retiro fantástico e ver que ele chegou ao fim e que é hora de voltar a vida cotidiana? Eu já. E muitas vezes. A verdade é que a vida se dá no dia a dia. As manifestações místicas que vivemos são momentos que servem para que no dia a dia não percamos o foco, não retiremos o olhar Daquele que é.

Não podemos apenas ter os pés no chão. Isso é fruto da limitação humana. Porém não podemos viver nas alturas. Nossa vida se dá quando conciliamos o céu na terra. E para isso precisamos das experiências místicas. Não perca o foco! E se perder, retome sua história e lembre-se dos momentos que você viveu no monte com o Senhor. Recorde-se de como você se sentia ali. Não é saudosismo. É fazer memória. É lembrar que o Senhor nos ama e está conosco.

É no dia a dia que precisamos encarar as lutas, os sofrimentos e as dores. Por isso o monte. Lembro de quando visitei o Mosteiro de São Bento aqui em São Paulo pela primeira vez. Na entrada da capela de Adoração ao Santíssimo Sacramento vê-se a palavra “Ora” (latim). Quando saimos da capela, na parede oposta vê-se a palavra “Labora” (trabalha). Não existe, pelo menos aqui na terra, uma pessoa que não tenha que viver essas duas dimensões: Ora et Labora (Oração e Trabalho).

E quando falo de “trabalhar” não falo apenas do seu trabalho cotidiano, da sua forma de ganhar a vida. Falo das lutas que você precisa travar para ser melhor. Daquilo que é o seu esforço. Do acordar cedo para estar com o Senhor, da forma melhor de tratar as pessoas, da sua luta contra aqueles pecadinhos que insistem em permanecer…

O monte nos faz perceber que quem rege nossa vida é Deus. Mas é no dia dia que colocamos essa máxima em prática.

(...)

Fonte: Dominus Vobiscum
http://blog.cancaonova.com/dominusvobiscum/2009/10/22/vamos-descer-do-monte/
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Mestre, bom é estarmos aqui, reunidos bem perto de ti,
no silêncio e na paz.
Mestre, reunidos no amor, nós viemos ao Monte Tabor
para em Ti repousar.

E nós cantaremos a mesma canção, unidos no mesmo coração.
E nós cantaremos a mesma canção, unidos no mesmo coração.

Mestre, ao sairmos daqui nós iremos teus passos
seguir com sementes nas mãos.
Mestre, nós queremos plantar o teu Reino em todo
lugar e crescer como irmãos.

E nós cantaremos a mesma canção, unidos no mesmo coração.
E nós cantaremos a mesma canção, unidos no mesmo coração.



8 de outubro de 2009

[FORMAÇÃO] O Papa tem as Chaves do Reino?

(...)

Para entendermos porque nos dias de hoje Bento XVI responde pela Igreja de Cristo, ou seja, a Igreja Católica Apostólica Romana, precisamos voltar no tempo, e entender a eleição de São Pedro feita pelo próprio Jesus Cristo. Tomemos a palavra de Deus em Mateus capítulo 16.

Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem? Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? (Mt 16,13-15)

Perceba que a primeira pergunta (no dizer do povo quem é o Filho do homem?) fora dirigida a todos os discípulos. Então todos deram suas respostas. Mas quando a segunda pergunta fora feita, ninguém mais falou. Porque? Ora, é fácil falar o que os outros pensam. O difícil é falar o que nós pensamos. Mas ai vem a resposta de Simão (cujo nome significa caniço):

Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! (Mt 16,16)


Essa resposta, foi significativa para que Jesus desse a Pedro uma missão importante. Perceba que a partir desse momento, Jesus não se dirige mais a "todos" os Apóstolos. Ele se dirige apenas a Pedro. Tanto que fala até da sua arvore geneológica.

Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. (Mt 16,17-19)

Perceba que nestes três versículos, Jesus muda o nome de Simão (que de Simão - Caniço - se transformou em Petrus - Pedra. Observe que Deus fez isso com muitos outros, como por exemplo Abraão), e diz que sobre esta Pedra (ou seja sobre a pessoa de Petrus) edificará a sua Igreja. Ele ainda afirma que as portas do inferno jamais prevalecerão sobre a Igreja, edificada em Petrus, e dá a Ele (e não a todos os demais) as chaves do Reino, para ligar e desligar tudo.

Irmãos, leiam novamente esse trecho do evangelho de Mateus. Perceba que num dado momento Jesus fala exclusivamente a Pedro. A promessa é feita a Pedro. Não é feita a todos. É necessário que haja alguém responsável pela sua Igreja. Para mim isso é tão claro que chega a ser absurdo qualquer tipo de contestação.

Eu sei que muitos não concordam com isso e que por isso se afastaram da Santa Igreja. Mas as coisas são como são. É muito fácil dizer que acredita em Deus e sair por ai acreditando no que convém e desacreditando no que não convém. Se eu concordo eu fico, se não abro uma igreja (com “i” minúsculo mesmo) na esquina da minha casa. Como é difícil se submeter a alguém.

Eu penso (e isso é uma opinião minha), que o fato de muitas pessoas não aceitarem a Hierarquia da Igreja não está no fato de que o argumento bíblico é contestável (leia de novo, não há o que contestar). O problema é que muitas pessoas não querem é se submeter a nada e nem a ninguém. Por isso que a Igreja ensina que a insubmissão é coisa do demônio. Parafraseando São João Evangelista: “Como obedecer a Deus que não vê, se você não obedece ao irmão que você vê?”

Muitos afirmam: Mas o Papa erra. Ele é humano.

Olha, ainda que Jesus colocasse um anjo, um ser espiritual para governar sua Igreja, tenho a absoluta certeza que ainda haveria gente para achar defeito. O ser humano tem horas que só Jesus para aguentar. (...)

O Papa por ser assistido pelo Espírito Santo, jamais erra em questões doutrinárias ou morais. O Papa só erra se ele se meter a falar de política, de futebol, de economia, ou seja, de outros assuntos que não sejam de sua alçada. Repito: Ele é infalível nas questões doutrinárias e morais. E isso não por méritos seus, mas pela ação do Espírito Santo.

Pense comigo: Quando Jesus iria permitir que algo errado fosse ligado no céu? (...) Nunca eu iria ousar pensar que Jesus permitiria tal situação! Agora, se Jesus dá a Pedro o direito de ligar ou não as coisas no céu, não seria óbvio que Ele iria de alguma forma assistir a Pedro? E depois que Pedro morresse a Igreja iria ficar a deriva?

Fonte: http://blog.cancaonova.com/dominusvobiscum/?p=13398


15 de setembro de 2009

Setembro: mês da Bíblia

Desde pequenos, ouvimos na Igreja que setembro é o mês dedicado à Bíblia.

O que mais me vem à memória quando ouço falar de "setembro mês da Bíblia" é o hino tão entoado neste período, sempre na entronização da Sagrada escritura que precede a Liturgia da Palavra na Santa Missa:


"Toda Bíblia é comunicação
De um Deus amor, de um Deus irmão
É feliz quem crê na revelação
Quem tem Deus no coração"

A Bíblia é uma coleção de livros. Mas não são quaisquer livros. São livros escritos por homens, sim, porém por meio da inspiração do Divino Espírito Santo. É a obra mais conhecida em todo o planeta e que conta com o maior número de traduções dentre todas as obras existentes.
A edição católica conta com 72 livros dividos em Antigo Testamento e Novo Testamento. Mas o que viria a ser Testamento?

"Testamento é uma carta na qual se colocam as coisas mais íntimas, mais sinceras e mais profundas. É onde se fala com o coração e são relatados os 'últimos' desejos de alguém. É onde o pai 'divide' os bens entre os filhos e amigos. É o meio pelo qual nós fazemos pedidos e recomendações." - Padre Silvio Andrei

Dessa forma, devemos entender a Bíblia como a herança que Deus deixou para nós. Os Seus desejos, intenções e recomendações para a nossa vida. Através da intimidade com a Palavra é que ficamos mais perto de Deus. Ela é o guia que devemos seguir para chegar ao Reino dos Céus.

Muitas vezes, achamos que a leitura da Bíblia é complexa demais e não entendemos o que estamos lendo. Mas nós cristãos precisamos da Palavra, assim como todos os humanos precisam de oxigênio. Por isso não podemos desistir!

Pe. Jonas Abib desenvolveu um método de leitura da Bíblia muito prático e eficiente. Este método está disponível no livro intitulado "A Bíblia no meu dia-a-dia" que já trabalhamos no nosso grupo. Com este método direcionamos a nossa leitura identificando nos textos sagrados:

Promessas de Deus: são coisas que Deus nos promete. A Bíblia está repleta de promessas de Deus. Ele não precisa prometer; contudo, na qualidade de Pai, promete. Por exemplo:
Ex: "A todos aqueles que o receberam, aos que crêem em seu nome, deu o poder de se tornar filhos de Deus" (Jo 1,12).

Ordens a obedecer
: Deus, que é Pai, tem prescrições claras para nortear a nossa vida. Ele manda, prescreve, proíbe, ordena; tudo para nos conduzir como filhos muito amados. Seguir Seus mandamentos, obedecer-lhe as ordens, é o segredo da vida
Ex: "Amai-vos uns aos outros como vos tenho amado" (Jo 13,34).

Princípios eternos: são leis que governam o Reino de Deus, ou seja, no Reino, as coisas funcionam dessa maneira.
Ex: "Todo aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado" (Lc 18, 14)

Ao ler a Bíblia, devemos sempre ter à mão lápis e papel. O método propõe o uso de lápis colorido para marcar a Bíblia: verde para promessas, vermelho para ordens e azul para princípios.

Propõe ainda que seja desenvolvido um diário espiritual, onde estes ítens devem ser copiados e de acordo com o entendimento do texto sagrado, duas questões devem ser respondidas:
  • Qual a mensagem de Deus para mim hoje?
  • Como posso aplicar isso em minha vida?
Como diz Mons. Jonas Abib: "Não basta descobrir, é importante também anotar diariamente. Suas anotações serão um roteiro para sua vida. O fato de registrarmos por escrito o que Deus nos inspira a pôr em prática na nossa vida, transforma de maneira decisiva nossa maneira de ser e de agir, bem como o nosso relacionamento com Deus."

Para aqueles que já foram introduzidos neste método de leitura da Bíblia, como anda o seu Diário Espiritual? Ele realmente está sendo preenchido diariamente?

Para aqueles que só agora passaram a conhecer, que tal levar o projeto a diante? Leia mais sobre este método através do link: http://www.cancionnueva.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=3413
Peça também a nossos formadores o material trabalhado no grupo! Eles com certeza irão disponibilizar para você.

Que possamos realmente fazer valer este mês de setembro, aproximando-nos cada vez mais do nosso Senhor através da Sua Palavra!

"Céus e Terra passarão, mas tua Palavra não passará"


[15 de setembro] Nossa Senhora das Dores


Este dia 15 de setembro a Igreja dedica à Nossa Senhora das Dores, que em nossa paróquia já viemos celebrando nos últimos dias.

Segue um texto do Prof. Felipe Aquino sobre este dentre os tantos títulos que Maria recebe.
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Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas tirado da cruz. Maria está de pé (stabat) aos pés da Cruz. É o momento culminante da Redenção.

Cristo sofreu a Paixão; Maria sofreu a com-paixão.

“Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo 19,25-27)

É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do Corpo místico de Cristo, a Igreja, nascido da Cruz. Nós somos nascidos enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria.

“Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”. (Lc 2, 34-35)

“Faça-se em mim segundo a tua palavra.”

Como mãe, Maria assume implicitamente os sofrimentos de Cristo, em cada momento de sua vida.

A Pietá de Michelangelo exprime toda a dor da Mãe.

As sete dores de Maria A devoção, que precede esta celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores de Maria narrados pelo Evangelho:

1 - a profecia do velho Simeão;
2 - a fuga para o Egito,
3 - a perda de Jesus em Jerusalém;
4 - o caminho de Jesus para o Gólgata,
5 - a crucificação e morte de Jesus;
6 - a deposição da cruz;
7 - a sepultura.

O martírio de Maria é o martírio do Redentor.

Desde o século XV encontramos as primeiras celebrações litúrgicas sobre a compaixão de Maria aos pés da cruz, colocada no tempo da Paixão ou logo após as festividades pascais.

Em 1667 a Ordem dos Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII tinham instituído a “Companhia de Maria Dolorosa”) obteve a aprovação de celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, que durante o pontificado de Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro.

Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa para uma “memória”: não mais Sete Dores de Maria, mas Virgem Maria Dolorosa.

Disponível em: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2009/09/14/nossa-senhora-das-dores-%E2%80%93-15-de-setembro/

14 de setembro de 2009

[14 de setembro] Exaltação da Santa Cruz


Nos reunimos com todos os santos, neste dia (14 de setembro), para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso :
"Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos" (I Cor 1,23)

Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus.

(...) [leia mais em: http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/index.php?mes=09&dia=14]




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Longe de mim gloriar-me a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 6, 14)
Por: Dom Frei Caetano Ferrari, OFM.

Até o Calvário, a cruz fora tida como sinal de vergonha, maldição, execração. Com a crucifixão de Cristo, desde então, ela se tornou símbolo de triunfo e vitória. Se da cruz vinha a maldição e a morte, agora, da cruz vem todo o bem e toda a graça.

O Apóstolo Paulo aprofunda o mistério dizendo que a cruz lembra a humilhação extrema de Jesus que se despojou de sua dignidade de ser igual a Deus, “fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,8). E ele mesmo afirma que “Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor!” (Fl 2, 8-11).

Tendo tal compreensão da Paixão de Jesus e elaborado tal teologia a respeito do mistério da Cruz, torna-se perfeitamente compreensível a declaração de Paulo aos Gálatas de que para ele sem a cruz de Cristo não há glória possível. Oxalá possamos nós também proclamar e viver sempre essa mesma fé.

Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos , porque pela vossa santa cruz redimistes o mundo!
Por: Dom Frei Caetano Ferrari, OFM.

A cruz não é uma divindade, um ídolo, feito de madeira, barro, bronze, mas ela é para nós santa e sagrada, porque dela pendeu o Salvador do mundo. Ela é o símbolo universal do cristão. Com orgulho e devoção ela é a nossa marca, o sinal de nossa identidade, vocação e missão. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento, nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade, Pai e Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que pela Cruz o Senhor continua a derramar sobre nós.

Celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, celebramos a vitória de Cristo que nos possibilita desde agora celebrar a nossa futura glória no céu. Pois, “se morremos com Cristo, cremos também que viveremos com Ele” (Rm 6,9).

Disponível em: http://www.diocesefranca.org.br/boletim/set2005/bd-caetano.html

[O QUE A IGREJA DIZ SOBRE] Tatuagens

Podemos usar tatuagem?

Por: Prof. Felipe Aquino


Sobre as tatuagens, a medicina não a recomenda, pelo fato de serem quase irreversíveis e prejudiciais no campo da saúde.

No campo social note que são muito usadas por jovens ligados à música pesada, crime, violência, drogas, etc. Isto não parece bom. Muitas vezes são pactos, consagrações, que são celebradas até com as forças do mal e das trevas. Aí então, piorou. A Bíblia diz o seguinte:

"Os sacerdotes não rasparão a cabeça, nem os lados de sua barba, e não farão incisões em sua carne". (Lv 21, 5)

"Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor". (Lv 19,28)

"Vós sois os filhos do Senhor, vosso Deus. Não vos fareis incisões, e não cortareis o cabelo pela frente em honra de um morto". (Dt 14, 1)

As tatuagens têm sua origem no mundo das magias e do esoterismo. A magia é uma artimanha que pretende forçar poderes superiores ou a própria Divindade a agir segundo a intenção do mago, e só ele, conheceria os meios para tal.

É claro que isto ofende a Deus. A magia é uma caricatura da religião, pois coloca o homem (mago, bruxa, feiticeiro, necromante, cartomante, pagé, etc.) acima de Deus, que ele quer controlar com os seus encantamentos.

Disponível em: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=1406

9 de setembro de 2009

Nada é coincidência, tudo é providência!

Oi Agapenses!!

Passando pelo site da Canção Nova encontrei o texto abaixo, que tem muito haver com a mensagem final que deixamos no nosso Retiro Espiritual. Fala justamente sobre girassóis...Confiram!!! =)

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Os girassóis e nós

Nós estamos todos num mesmo campo

Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.

A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez em que mudar a direção do Regente.

Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.

Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de me voltar para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É n'Ele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo o que n'Ele já está realizado.

Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.

Eu d'Ele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.

O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se n'Ele não colocarmos a direção dos nossos olhos. Cada vez que o nosso olhar se desvia de Sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol o que na verdade não passa de luz artificial.

Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.

A vida é o lugar da Revelação Divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir, nas realidades humanas, algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.

Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.

Sejamos como os girassóis...

Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar a que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.

Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.

Girassol só pode ser feliz se para o sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.

Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.



Pe. Fábio de Melo
professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.

25 de agosto de 2009

[FORMAÇÃO] Por que o padre não se casa?

Celibato é uma entrega total e amorosa ao Reino de Deus
Por: Padre Luizinho - Com. Canção Nova

Quando ouço alguém dizer ou mesmo me perguntar: “Por que padre não se casa?” Eu poderia repetir a pergunta de outro jeito: Por que você se casou ou por que você está solteiro? Por que você é professora ou advogado? Ou mãe de família? E assim por diante. Isso prova que toda vocação é um grande mistério entre Deus e o coração da pessoa por Ele convidada a abraçar um estado de vida. Não se esqueça que alguém pode ser feliz e realizado ou infeliz e triste pela escolha livre que fez. A vocação é assumida livremente e eu não fui obrigado a assumir o sacerdócio e o celibato.


O celibato não é uma castração nem uma proibição de casar ou outras coisas semelhantes. Celibato é uma entrega total e amorosa ao Reino de Deus e ao serviço do Seu povo. Neste estado de vida eu assumo e respondo livremente, pois a diferença não está tanto no exterior, mas está dentro de minha alma, foge de mim e de mim transborda.


Acredito que eu seja diferente somente pela escolha e pela consagração que Deus fez comigo, assim como você pode ser diferente naquilo que você é. Não posso negar: sou diferente de dentro para fora, sou consagrado, separado para ser todo de Deus, para ser todo das pessoas, da missão, da Igreja. O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito; não me prende a ninguém, mas me deixa livre para todos. É um desafio, pois continuo exatamente como todo homem: com sentimentos, dificuldades e pecados também, mas eu abracei a escolha que fiz: “Estou no mundo, mas não sou do mundo, nem sou como todo o mundo”.


[ ... ]


Eu fui conquistado por amor e por amor continuo todos os dias deixando-me conquistar: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que escolhe a vós”. Vocação é um mistério que eu vou descobrindo todos os dias um pouco mais.


[ ...]


O que diz o Catecismo da Igreja Católica [ ... ] CIC §1599: “Na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado normalmente é conferido apenas a candidatos que estão prontos a abraçar livremente o celibato e manifestam publicamente sua vontade de guardá-lo por amor do Reino de Deus e do serviço aos homens” (Cf. Catecismo da Igreja Católica, números 1579/1580).


O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito, não me prende a ninguém, me deixa livre para todos.


[ ... ]


Leia mais em: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11562

23 de agosto de 2009

[O QUE A IGREJA DIZ SOBRE] Doação de Órgãos


Esta notícia foi publicada em 07 de novembro de 2008 na "Canção Nova Notícias" durante a realização do Congresso Internacional Congresso internacional "Um dom da vida. Considerações sobre a doação de órgãos", realizado no no Auditório da Conciliação em Roma e serve para sanar algumas dúvidas em relação ao tema.

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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS É UM TESTEMUNHO DA CARIDADE, DIZ PAPA

"A doação de órgãos é uma peculiar forma de testemunho da caridade. Para uma correta concepção da vida, é determinante entrar na lógica da gratuidade", recordou o Papa Bento XVI, nesta sexta-feira, 7, ao receber os participantes do Congresso Internacional sobre a doação de órgãos, promovido pela Pontifícia Academia para a Vida.

"Existe de fato uma responsabilidade do amor e da caridade, que empenha a fazer da própria vida um dom para os outros, se uma pessoa quer verdadeiramente realizar a si mesma. Como o Senhor Jesus nos ensinou, só quem dá a própria vida a pode salvar".

Bento XVI reconheceu com apreço "os grandes progressos" realizados no campo da medicina, que têm permitido uma vida cada vez mais digna para cada pessoa que sofre. "Os transplantes de tecidos e órgão representam uma grande conquista da ciência médica e são, sem dúvida, um sinal de esperança para tantas pessoas que se encontram em situações clínicas graves, por vezes extremas".

É, porém, "dramaticamente prático" o problema da disponibilidade de órgãos vitais que se possam transplantar. Existe uma longa lista de espera para tantos doentes cujas únicas possibilidade de sobrevivência estão ligadas às reduzidas ofertas que não correspondem às necessidades concretas.

Princípios éticos

Para que o multiplicar-se dos pedidos de transplantes não acabe por subverter os princípios éticos que hão-de estar na base dos mesmos, impõe-se refletir sobre esta conquista da ciência. Como se desejou fazer com este Congresso. O Papa adverte que "o corpo (mesmo de um cadáver) nunca poderá ser considerado um mero objeto". É preciso evitar que, também neste campo, venha a prevalecer a lógica do mercado.

"O corpo de cada pessoa, juntamente com o espírito que é dado a cada um, constitui uma unidade inseparável em que está impressa a imagem do próprio Deus. Prescindir desta dimensão conduz a perspectivas incapazes de captar a totalidade do mistério presente em cada um. É portanto necessário que se ponha em primeiro plano o respeito pela dignidade da pessoa e a tutela da sua identidade pessoal".

Bento XVI advertiu contra "eventuais lógicas de compra-venda dos órgãos", assim como contra a "adoção de critérios discriminatórios ou utilitaristas", totalmente em contraste com "o significado subjacente ao dom", ao ponto de dever ser considerados atos moralmente ilícitos.

Dignidade da pessoa

"Os abusos nos transplantes e o seu tráfico, que muitas vezes afetam pessoas inocentes como as crianças, devem encontrar as comunidades científica e médica prontamente unidas no recusá-las como práticas inaceitáveis. Há que as condenar, sem hesitação, como abomináveis".

"Há que reafirmar o mesmo princípio ético, acrescentou o Papa, quando se pretende chegar à criação e destruição de embriões humanos destinados a fins terapêuticos. A simples idéia de considerar o embrião como "material terapêutico" contradiz as bases culturais, civis e éticas sobre as quais se apóia a dignidade da pessoa".

Recordado também que só se podem usar os órgãos vitais a partir de um cadáver, que mantém uma dignidade própria que deve ser respeitada sempre. Daqui a importância de dispor de critérios seguros de verificação da morte e de proceder sempre com precaução.

"Para tal é útil incrementar a investigação e a reflexão interdisciplinar de tal modo que a própria opinião pública seja colocada perante a mais transparente verdade sobre as implicações antropológicas, sociais, éticas e jurídicas da prática do transplante".

Ao concluir, Bento XVI reafirmou a necessidade de "incrementar a cultura do dom e da gratuidade". "A via mestra a seguir, enquanto a ciência não chegar a outras eventuais formas novas e mais aperfeiçoadas de terapia deverá ser a formação e difusão de uma cultura da solidariedade que abra a todos e não exclua ninguém".

"Será necessário desfazer preconceitos e mal-entendidos, dissipar desconfianças e medos, para as substituir com certezas e garantias de modo a permitir o crescimento em todos de uma consciência cada vez mais difusa do grande dom da vida".

O Silêncio na Vida do Cristão


Já nos preparando para o clima de oração que vamos viver no nosso retiro, segue um texto muito bom sobre a importância do silêncio.
Vivemos em um mundo frenético e barulhento. O barulho é constante. Saímos à rua e temos o barulho do trânsito caótico, até mesmo dentro dos ônibus não encontramos um momento de silêncio, pois em alguns, encontramos o rádio ligado a toda altura, com músicas, na maioria das vezes, que contêm letras obscenas. Agora inventaram um “celular – rádio”, como eu chamo que tirando o fone as pessoas que estão à volta também escutam a música que está sendo passada. Conclusão: além do rádio do ônibus, temos as pessoas falando sem parar, outras falando ao celular, outros brincando com o mesmo e os estão escutando as suas músicas no “celular-rádio”.

Em nossas casas ao entrarmos a primeira coisa que fazemos, na maioria das vezes, e ligar a televisão ou um rádio. As pessoas não conseguem mais parar um instante e respirar, vivemos correndo contra o relógio, nosso pensamento sempre está adiante, o momento presente não é mais um presente, mas, um martírio a ser vivido. Pensamos no depois e nunca no agora.

É o caos do barulho e do imediatismo. O mundo não quer que silenciemos que paremos, pois, quando o fazemos pensamos. Pensamos em nós, no mundo e em Deus.

A tática do demônio é o barulho. Até mesmo nalgumas Igrejas verificamos ministérios de música que querem o som alto. Quanto mais alto melhor para as pessoas “sentirem” o que está sendo tocado. Mas será que as pessoas na assembléia estão sentindo Deus?

Verificamos em várias passagens Bíblicas que Jesus se retirava do barulho para se encontrar com o Pai em silêncio, subindo ao Monte, ou indo para lugares desertos. (Mt 8,1; Mc 1,35; Lc 6, 12).

Mas você deve estar se perguntando: Eu vivo nesse mundo então como encontrar o silêncio, em meio ao barulho? Teresa d’ Ávila nos ensina a procurarmos o silêncio interior, pois o mundo nos ensina a sermos barulhentos também interiormente. Santa Faustina coloca o silêncio como a primeira virtude a ser procurada:

“Do meu ponto de vista e experiência, a regra do silêncio deveria estar em primeiro lugar. Deus não se comunica à alma tagarela que como zangão na colméia, zumbe muito, mas não fabrica nada. A alma tagarela é vazia interiormente. (…) A alma que não saboreou a doçura do silêncio interior é um espírito inquieto e perturba o silêncio dos outros”. (Santa Faustina)

Santa Teresinha do Menino Jesus nos ensina que:

“O silêncio é a doce linguagem dos Anjos e de todos os eleitos “ (Santa Teresinha do Menino Jesus)

Ainda refletindo sobre o silêncio acho notório transcrever o que o filosofo Huberto Rohden fala sobre o mesmo:


Silêncio é sinônimo de qualidade – ruído é sinônimo de quantidade.
Silêncio é essência causante – ruído é existência causada.
Silêncio tem afinidade com o Infinito, o Absoluto, o Eterno, o Todo, com Iahweh (…) Ruído é do mundo dos Finitos, dos Relativos, dos Temporários.
Silêncio é Fonte única – ruído são canais múltiplos.
O Uno do Universo é silêncio – o verso dessa palavra representa os ruídos.
Silêncio é Ser – ruído é Existir, ou Agir.
Silêncio e silencioso é tudo que é grande, poderoso, belo, perfeito.
Silêncio é vida, inteligência, espírito, energia – silenciosas são as trajetórias dos astros e dos atomos; silêncio é a causa de todos os ruídos dos efeitos que nossos sentidos percebem ou nossa inteligência concebe. O que está além de todos os derivados, na zona dos sentidos e do intelecto, isso é o inderivado da razão, do espírito cuja fonte brota do seio silencioso do Incógito e do Incognoscéivel.



Peçamos à Virgem Maria, a Virgem Silenciosa que nos ensine a silenciarmos nosso interior e também o nosso exterior, para que possamos ouvir a voz de Deus e sabermos qual é a sua santa vontade para nossas vidas
Fonte: Blog Formação da Com. Chagas de Amor